Disfarçada de homem seguiu para Torres Vedras, onde comprou dois machos e se transformou num almocreve, andou de terra em terra e foi parar a Lisboa. E naquela terra estranha continuou a fazer das suas. Sempre que havia um reboliço, lá estava metida a Brites à paulada a rachar cabeças de preferência se fossem castelhanas. Brites de Almeida já manifestado fervor patriótico e um ódio aos castelhanos. Dizia-se em que apedrejou, junta com a multidão que desordenada entrou no Paço de S. Martinho, em Lisboa, quando do ilícito casamento de D. Fernando.
Vibrou de indignação contra Leonor Teles ao ter conhecimento do seu adultério e que aplaudiu o Mestre de Avis quando este matou o Conde de Andeiro.
Depois de se envolver em várias contendas em várias feiras, abrindo cabeças e provocando algumas mortes, Brites abandonou Lisboa, apanhou um barco para Valada, de onde já vestida de mulher, acabou por ir parar a Aljubarrota.
Para sobreviver, cansada e sem recursos, começou a pedir esmola à porta de um forno, despertando a atenção da padeira, que já ia avançada na idade e viu nela uns bons braços para o manejo da pá, não tivesse ela seis dedos em cada mão e uns ombros tão largos como de um homem.
Não se enganava a velha, e ofereceu a Brites o lugar de ajudante de padeira, que aceitou, não que gostasse da vida conflituosa que levava, gostava de assapar com o pau nos costados e cabeças dos homens que a afrontavam e dizia a velha padeira “ Que chegaria a hora de Brites fazer grandes coisas pelo o nosso país”.A padeira, dona do forno, não se enganou, mas infelizmente morreria antes do episódio que colocaria o nome de Brites de Almeida na História de Portugal.
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